Interrompidas

Eu admiro muito quem SABE escrever. Não me refiro a parte técnica da coisa, juntar as letras e formar palavras. Estou falando de gente que sabe se expressar. Porque eu tenho muita coisa pra dizer, mas não consigo colocar isso no papel. É complicado. No momento, tudo o que eu queria era me fazer entender. Stephen King (um dos meus autores favoritos) disse que existem dois tipos de escritores: aqueles que escrevem buscando respostas para si e aqueles que escrevem para um público, e que ambos são egoístas. Acredito que ele tenha razão. Acho que eu sou do primeiro tipo. Porque às vezes eu pego um caderno e começo a divagar sobre qualquer coisa que me venha à cabeça. Sabendo que ninguém vai ler, risco menos frases do que numa redação para o colégio. Já quando eu começo uma história pensando em quanta gente vai agradar, nada funciona. Até sugeri para as garotas da banda uma coisa. Deveríamos imprimir nossas composições usando a mesma formatação, dobrar e ler aleatoriamente, assim ninguém sa...

Eu sinto sua falta. O que eu fiz foi errado, mas, se isso te faz se sentir melhor, a sua ausência é o meu pior castigo. Não é como se eu pensasse em você vinte e quatro horas por dia, mas quando eu penso, percebo como sua falta pode ser cruel. Quando tudo está dando errado, só penso no quanto eu preciso ouvir sua voz, sussurrando uma música para tentar me acalmar. Penso no quanto seu abraço me fazia sentir instantaneamente melhor e completamente segura. Você nem sempre sabia o que dizer, porque os meus problemas eram muito diferentes dos seus, mas mesmo que negasse, dava os melhores conselhos que eu poderia ouvir. "Eu não me importo com quantas vezes eu respiro. Afinal, só lembramos das vezes em que perdemos o fôlego." Você lembra? Era o seu jeito de dizer "foda-se", e estava tão seguro quanto a isso que conseguia transmitir sua calma. E eu podia sentir isso apenas olhando para os seus olhos. E quando as coisas começam a dar certo pra mim, a última coisa que penso ...