Voltar à casinha de Paula Pereira foi como olhar uma fotografia em sépia da minha infância. A propriedade de meus falecidos pais era chamada pela família de "rancho" e foi lá que passamos boa parte dos verões nos anos 90. Estive lá para dar uma última olhada na casa antes de vendê-la. Ao abrir o galpão, como era esperado, vi o barco de meu pai. Mas o que me surpreendeu foi encontrar minha canoa inflável, agora flácida, furada e empoeirada numa prateleira. Naquele instante, lembrei-me do dia em que descobri pelo rádio que havia ganhado o brinquedo num sorteio do mercado local. Gritei e comemorei ao saber que era o mais novo dono da canoa verde, junto com seu remo amarelo e um colete salva-vidas. Na minha inocência de menino, mal podia esperar para navegar até a China (já que não havia conseguido chegar até lá escavando a terra do jardim), e queria começar a viagem no rio Iguaçu, que corria em frente ao rancho. E foi o que fiz no domingo da mesma semana, quando fomos à Paula ...
Comentários
Postar um comentário