Amoródio

Parece haver uma distância enorme entre amor e ódio. Dois opostos, preto e branco, 8 ou 80, excludentes, distantes um do outro como Mercúrio de Plutão. Não. A linha é tênue.
Freud explica que quando bebês começamos a distinguir os limites entre o que somos nós e o restante do universo, e talvez disso resulte o sentimento de ligação que identificamos nas religiões, e blablablá whiskas sache. Talvez por esse sentimento eu...:
- Me odeie, e consequentemente odeie quem me ama. Porque não temos nada em comum.
- Ame quem me odeia, e isso nem sei explicar, mas tenho quase certeza que Freud consegue.
- Não me interesse por quem não me ama nem me odeia, não fede, nem cheira. Nem foder, nem fazer amor. Muito simples, muito seguro, mas sem riscos não há emoção. Não perca seu tempo.
- Odeie quem ama demais a si mesmo, porque somos todos feitos da mesma porra de matéria orgânica estúpida. Você pode pensar que é único entre 7 bilhões. Eu acho que você é só mais um entre 7 bilhões. Você só me ama quando está gritando pra ter um pouco mais de mim.
- Ame quem odeia a si mesmo. Você me entende, e me ama também. É bom, mas odeio te amar. Porque odeio sofrer. Mas continuo, porque a única coisa que odeio mais do que sofrer é me sentir vazia.

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