Ilha: pedaço de terra cercado de amor por todos os lados.

Ainda me lembro de quando cheguei a Florianópolis e caminhava pelo centro parando pra perguntar "onde fica o mar?". Agora estou aqui há tempo suficiente pra saber que é só seguir toda vida reto. Naquela época, eu ficava na beiramar beiramarando, perguntando todos os dias como diabos eu tinha ido parar sozinha ali, sem conseguir superar Curitiba e suas curitibanices. A mobília do meu apartamento consistia em uma cadeira de praia e uma mesa de computador. Não conhecia ninguém e ninguém me conhecia, nem mesmo um amigo em algum bar que me deixasse entrar sendo menor de idade. Eu era uma criança até na identidade. Encaixotando as coisas pra ir embora, vejo que elas não entram mais no mesmíssimo carro que sobreviveu às minhas três mudanças até então. Eu, que também era mais vazia quando cheguei, agora levo muitas boas lembranças e eu só queria agradecer e abraçar cada um que fez parte disso, mas não vou, porque sou covarde demais pra suportar outra despedida. Então fica aí um pedido de desculpas e um adeusinho, "moskiridus", a gente se esbarra por esse mundão. Que droga, justo agora que eu tinha me rendido e comprado um chip de celular 48.



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